terça-feira, junho 24, 2025
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Satélite desativado da NASA dá sinal de vida

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O satélite experimental Relay 2 da NASA estava inativo no espaço desde 1967, até que, no verão passado, emitiu repentinamente um pulso de energia extremamente curto e poderoso. Em entrevista, o astrônomo Clancy James, relatou seu espanto ao detectar essa explosão de energia de nanosegundos vinda de um satélite morto. Ele e sua equipe estavam utilizando o radiotelescópio australiano ASKAP (Australian Square Kilometer Array Pathfinder) quando captaram algo tão intenso que, por um breve momento, superou todo o restante do céu noturno em brilho.

O mais estranho é que o sinal vinha de tão perto da Terra que os radiotelescópios do ASKAP não conseguiram focalizá-lo simultaneamente. James comentou que eles ficaram muito animados, pensando inicialmente que poderiam ter descoberto um novo pulsar ou algum outro tipo de objeto. Tratava-se de um pulso de rádio incrivelmente potente que ofuscou tudo ao redor por um período muito curto.

Em um novo artigo, os pesquisadores acabaram rastreando a origem do pulso até o Relay 2. No entanto, essa descoberta trouxe mais perguntas do que respostas. Considerando que o Relay 2 está inativo há quase sessenta anos, a equipe acredita que ou algo colidiu com a antiga estrutura, provocando uma intensa liberação de energia, ou então que a eletricidade acumulada por décadas gerou uma descarga eletrostática de grandes proporções.

A astrofísica Karen Aplin, que não participou da pesquisa, observou que a enorme quantidade de detritos espaciais que circundam a Terra atualmente torna praticamente impossível determinar com precisão se uma colisão ou outro fator foi o causador do pulso. Ela destacou que esse problema de poluição espacial não era relevante na época de operação do Relay 2, nos anos 1960.

Aplin explicou que, num mundo com grande concentração de detritos e com o lançamento constante de pequenos satélites de baixo custo e pouca proteção contra descargas eletrostáticas, essa detecção por ondas de rádio pode representar uma nova forma de avaliar essas descargas no espaço. Essa abordagem poderá oferecer insights importantes para futuras missões e o desenvolvimento de tecnologias mais seguras para o ambiente orbital.

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