Um caso de violência doméstica terminou em morte dupla nesta terça-feira (24), em São José dos Pinhais, cidade da Região Metropolitana de Curitiba. Geovani Wezloski Santana, 54 anos, assassinou a ex-companheira Luci Emanoele Camargo, 44, antes de cometer suicídio. O episódio ocorreu por volta das 7h30 da manhã, na Rua Francisco Dirceu Chiuratto, no bairro Quissisana.
Testemunhas relataram que o agressor aguardava a vítima sair de casa quando efetuou os disparos. A mulher seguia para seu local de trabalho no momento do ataque. Moradores da região ouviram os estampidos e acionaram imediatamente o serviço de emergência.
Segundo o relato de vizinhos, o homem não havia aceitado o rompimento conjugal ocorrido meses antes. A vítima mantinha novo relacionamento afetivo com outra pessoa, uma mulher. Uma ordem de restrição judicial estava em vigor, mas não impediu a ação violenta.
O aspirante Julio Costa, da Polícia Militar, confirmou que o casal residia originalmente em Campo Largo. A mulher havia se mudado para São José dos Pinhais há aproximadamente 90 dias buscando segurança. O ataque foi premeditado, conforme indicam depoimentos coletados no local.
Além da ex-companheira, o agressor tentou atingir uma amiga que acompanhava a vítima. Após o duplo crime, equipes do Instituto Médico Legal foram acionadas para remoção dos corpos. O caso será investigado como feminicídio pela Delegacia da Mulher.
Dados da Secretaria de Segurança Pública mostram aumento de 18% nos registros de violência contra mulheres no primeiro semestre de 2025 na região. Especialistas alertam sobre a necessidade de reforçar mecanismos de proteção efetivos. A Central de Atendimento à Mulher registrou 147 ligações relacionadas a ameaças somente neste mês.
Parentes da vítima chegaram ao local após serem informados sobre a ocorrência. A Polícia Civil iniciou procedimentos para ouvir testemunhas e analisar imagens de câmeras de segurança próximas. O corpo do agressor foi encaminhado para exame toxicológico.
Autoridades municipais anunciaram reforço na rede de acolhimento para vítimas de relacionamentos abusivos. O governo estadual mantém o programa “Rede de Proteção à Vida”, que monitora casos de risco extremo. Vizinhos organizaram vigília em memória da vítima.
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