sexta-feira, julho 11, 2025
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Como tirar o mofo do seu ar-condicionado

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É comum tratarmos o ar-condicionado como um equipamento que basta ligar e deixar que ele faça o trabalho dele, mas, na verdade, ele exige limpezas regulares para evitar o acúmulo de mofo. Como muitas pessoas não sabem identificar os sinais de contaminação ou como fazer a limpeza, este guia procura ajudar o leitor a entender como agir para manter o aparelho seguro e funcional. O mofo se desenvolve facilmente em sistemas de refrigeração porque o processo de resfriamento do ar gera umidade — o ar quente ao passar pelas serpentinas evaporadoras forma condensação. Caso essa umidade não seja drenada adequadamente ou o aparelho permaneça em ambientes úmidos, pouco ventilados ou com uso irregular, o risco de proliferação de fungos aumenta consideravelmente.

O mofo é onipresente no ambiente, mas o ar-condicionado cria condições ideais para sua multiplicação. Se presente no aparelho, o mofo pode reduzir sua eficiência e espalhar esporos por toda a casa, o que pode causar alergias e irritações respiratórias. Mesmo quem não tem alergia pode sofrer com os efeitos de certos fungos, como Alternaria, Aspergillus, Cladosporium e Penicillium, que são os mais frequentemente associados a reações alérgicas. Os sintomas típicos incluem espirros, olhos lacrimejantes, coriza e congestão nasal. Pessoas imunocomprometidas ou com problemas respiratórios podem ter quadros mais graves, incluindo infecções pulmonares com febre, tosse e dificuldade para respirar.

A exposição contínua a esporos pelo sistema de ar-condicionado pode desencadear sintomas persistentes ou até mesmo uma condição chamada pneumonite por hipersensibilidade, uma inflamação pulmonar que causa fadiga, febre e sintomas gripais. Com o tempo, isso pode evoluir para danos pulmonares permanentes. Em alguns casos, tipos específicos de mofo, como o chamado mofo preto, liberam toxinas no ar que podem afetar até mesmo quem não tem alergia, gerando cansaço excessivo, alterações de humor e confusão mental.

Um sinal de que o ar-condicionado pode estar contaminado é o cheiro de mofo ou terra ao ligar o aparelho, especialmente próximo às saídas de ar. Manchas visíveis nas grelhas de ventilação, nas serpentinas ou na bandeja de drenagem também são indícios claros, assim como o acúmulo de umidade ao redor da unidade ou sensação de ar abafado e úmido. Às vezes, os sintomas alérgicos que surgem apenas quando o aparelho está ligado são os primeiros sinais de alerta.

A limpeza básica pode ser feita por conta própria em muitos casos. Para isso, é recomendável usar luvas, máscara e óculos de proteção para evitar o contato direto com os esporos. Primeiro, desligue e desconecte o aparelho da tomada. Em seguida, retire os filtros, as tampas de ventilação e a bandeja de drenagem para ter acesso às áreas internas. Use uma solução de água com detergente neutro ou uma mistura diluída de água sanitária para limpar suavemente essas partes, tomando cuidado para não danificar nenhum componente. Depois, é importante deixar tudo completamente seco antes de remontar o aparelho, pois a umidade residual pode reiniciar o ciclo de contaminação.

Manter o mofo longe exige mais do que uma limpeza ocasional. O ideal é realizar manutenções regulares conforme o manual do fabricante. Também é essencial monitorar a umidade relativa do ar interno, que deve ficar entre 30% e 50%. Acima desse intervalo, o ambiente se torna propício ao crescimento de fungos. Limpar o interior e o exterior do ar-condicionado, bem como trocar ou higienizar os filtros com frequência, ajuda a remover o acúmulo de poeira, que serve de alimento para o mofo. A utilização de purificadores de ar com filtro HEPA ou a adaptação do próprio ar-condicionado para esse tipo de filtro também pode reduzir significativamente a circulação de esporos no ar. Também recomenda-se manter as bandejas de drenagem limpas e as linhas de escoamento desobstruídas para garantir o bom funcionamento do sistema.

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