domingo, junho 22, 2025
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Estudo revela impacto cognitivo do ChatGPT na produção de texto

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Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) analisaram como sistemas de inteligência artificial afetam a capacidade de escrita. Os dados indicam que o uso contínuo dessas plataformas reduz o engajamento cerebral durante tarefas criativas.

Participantes que começaram redigindo textos sem auxílio tecnológico apresentaram maior atividade neural. Já aqueles que usaram o chatbot desde o início tiveram desempenho inferior em conectividade cognitiva. O experimento envolveu 54 voluntários de instituições como Harvard e Northeastern.

Três metodologias foram testadas: escrita autônoma, consulta a buscadores convencionais e apoio do ChatGPT. Os melhores resultados vieram do grupo que inicialmente trabalhou sem ferramentas digitais. Quando esses indivíduos posteriormente utilizaram IA, mantiveram padrões cerebrais mais intensos.

O oposto ocorreu com quem adotou o sistema generativo desde o princípio. Esses participantes mostraram dificuldade em reproduzir conceitos sem o software e tendência a plágio involuntário. Avaliadores destacaram a falta de originalidade nos textos gerados com auxílio automatizado.

Docentes que analisaram o material identificaram diferenças marcantes. Produções independentes continham mais reflexões pessoais, enquanto as assistidas por IA seguiam estruturas rígidas e linguagem impessoal. A pesquisa ainda não passou por revisão formal, mas foi antecipada devido à rápida evolução da tecnologia.

Dados do Pew Research Center mostram que 25% dos estudantes norte-americanos já recorrem a essas plataformas para tarefas acadêmicas. O número dobrou em relação ao ano anterior, acendendo alertas sobre dependência tecnológica.

O relatório final sugere a necessidade de investigações complementares. Especialistas querem entender como o uso prolongado afeta memória e criatividade. Eles recomendam equilíbrio entre ferramentas digitais e exercício intelectual autônomo para preservar habilidades cognitivas.

Durante testes adicionais, notou-se que usuários habituais do chatbot assimilavam padrões linguísticos artificiais. Contudo, quem migrou da escrita manual para a assistida demonstrou melhor capacidade de síntese e adaptação. O estudo serve como base para novas discussões sobre pedagogia na era digital.

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