Ruan dos Santos Martins, de 27 anos, suspeito de assassinar Isabele Raiane de Bomfim, adolescente grávida em Rio Branco do Sul, Região Metropolitana de Curitiba, se entregou à polícia nesta quarta-feira, dia 18 de junho. A prisão foi efetuada 12 dias após o crime, que chocou moradores da cidade. O homem compareceu à Delegacia de Vigilância e Capturas, em Curitiba, distante do local do homicídio.
Segundo a Polícia Civil, o suspeito estava foragido desde 2023, sendo acusado de envolvimento em outro caso que resultou na morte de três pessoas da mesma família. Após a morte de Isabele, a Justiça decretou sua prisão preventiva no último dia 13. Ruan era procurado pelas forças de segurança e usava identidade falsa, apresentando-se como “Gabriel” aos vizinhos.
No momento da apresentação, o acusado trajava as mesmas roupas utilizadas no dia do crime, com a intenção de demonstrar que não havia vestígios de sangue. A alegação foi registrada em depoimento. A defesa informou que o cliente nega responsabilidade pelo assassinato da jovem, alegando inocência desde o início da investigação.
Rogério Nogueira, advogado de Ruan, afirmou que vinha mantendo comunicação com ele nas últimas semanas, mas desconhecia o paradeiro exato. Disse ainda que o acusado temia represálias devido à repercussão do caso, o que teria adiado sua apresentação voluntária.
A polícia confirmou que Ruan convivia com a família de Isabele e aparentava ser uma pessoa calma. De acordo com o delegado Gabriel Fontana, o comportamento reservado, aliado ao uso de um nome falso, levantou suspeitas. As autoridades continuam apurando os fatos para esclarecer a motivação e circunstâncias do assassinato.
Testemunhas relataram que o relacionamento entre o suspeito e a jovem era recente. A vítima, de 17 anos, estava grávida no momento do crime. A investigação busca também traçar o histórico de movimentações de Ruan durante o período em que permaneceu escondido.
O inquérito segue em andamento, com análise de novas provas e oitiva de pessoas próximas à vítima. O suspeito foi encaminhado ao sistema prisional, onde permanece à disposição da Justiça.