O Brasil nunca teve muita força na Conmebol, geralmente conduzido por paraguaios, ontem dia 12, Alejandro Dominguez foi reconduzido a presidência da entidade, durante o 81º Congresso Extraordinário da entidade, realizado em Luque, região metropolitana de Assunção.
O dirigente paraguaio permanecerá no cargo por mais sete anos, até abril de 2031, Alejandro Dominguez foi eleito a primeira vez em 2016, após uma série de escândalos que derrubaram seus antecessores.
A eleição não teve adversários. A votação, antecipada em cerca de um ano por articulação do presidente reeleito, ocorreu com unanimidade entre os presidentes das federações nacionais filiadas à confederação continental.
O movimento foi interpretado como estratégia política para consolidar a permanência dele antes de eventuais disputas internas.
Representando a Confederação Brasileira de Futebol, Samir Xaud participou do evento e destacou o trabalho do paraguaio na modernização da instituição, comprometendo-se a colaborar com as iniciativas sul-americanas em curso.
Samir Xaud, recentemente eleito na CBF, enfatizou a necessidade de renovar práticas administrativas e fortalecer relações institucionais.
No discurso de posse, Domínguez citou planos para implementar o Fair Play Financeiro na América do Sul, defendendo responsabilidade orçamentária entre clubes, com foco em pagamentos regulares e investimentos em estrutura. Para ele, a iniciativa é passo fundamental rumo a uma nova fase do futebol na região.
A gestão do presidente reeleito coincidirá com a preparação da Copa do Mundo de 2030, que terá partidas inaugurais na Argentina, Paraguai e Uruguai, celebrando os cem anos do primeiro torneio da Fifa, sediado em Montevidéu.
O restante da competição será disputado em estádios localizados em Portugal, Espanha e Marrocos.
Desde que assumiu o comando da entidade, Alejandro Domínguez liderou reformas voltadas à governança e recuperação da imagem da confederação, profundamente abalada pelos desdobramentos do Fifagate.
À época, dirigentes de alto escalão foram presos sob acusações de suborno, lavagem de dinheiro e desvio de recursos vinculados a contratos comerciais do futebol.
O novo mandato consolida a influência de Alejandro Domínguez nas decisões da Conmebol, especialmente em temas como organização de torneios, distribuição de receitas e relações com a Fifa.
Ele também terá papel relevante na articulação entre federações nacionais e entidades internacionais durante os próximos anos.
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