Com a chegada de junho, o calendário brasileiro ganha destaque com as tradicionais festas juninas, e um dos itens centrais dessas comemorações é o amendoim, ingrediente presente em pratos doces e salgados. No Paraná, o cultivo do grão ocorre em cerca de 200 municípios, consolidando a cultura como relevante para a economia rural regional.
O tema foi abordado no Boletim de Conjuntura Agropecuária divulgado pelo Departamento de Economia Rural, da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento. A publicação, que cobre o período de 30 de maio a 5 de junho, traz ainda atualizações sobre milho, mandioca, cebola e carnes. Os dados ajudam a orientar produtores e gestores públicos sobre o cenário agrícola estadual.
Em 2023, o Paraná colheu mais de 7,8 mil toneladas de amendoim em uma área de aproximadamente 2,1 mil hectares. O resultado gerou R$ 33,4 milhões em Valor Bruto de Produção. Guairaçá liderou a colheita, com mais de 3,6 mil toneladas. Na sequência aparecem Alto Paraná e Paranapoema, ambos situados no Noroeste do estado, onde a produção tem avançado nos últimos anos.
Para a atual safra, a estimativa é de que o volume chegue a 7,9 mil toneladas, o que representa cerca de 0,7% do total brasileiro. Apesar de responder por uma fatia modesta da produção nacional, o cultivo no Paraná tem se mostrado consistente, especialmente como alternativa econômica para pequenos e médios agricultores.
A demanda cresce no primeiro semestre com a aproximação das celebrações típicas, quando o consumo de derivados, como paçoca, pé de moleque, curau e bolo, aumenta significativamente. Além disso, o amendoim paranaense abastece mercados locais, feiras, agroindústrias e cooperativas.
O boletim também aponta que o cultivo tem se diversificado em diferentes regiões, com destaque para áreas arenosas e clima mais seco, favoráveis ao desenvolvimento do grão. A tendência é de estabilidade nos próximos anos, com possíveis ganhos de produtividade por meio de técnicas aprimoradas e acesso a sementes adaptadas ao solo paranaense.
O boletim está disponível para consulta no site oficial da Secretaria da Agricultura e pode ser utilizado por cooperativas, pesquisadores e técnicos como ferramenta para planejamento de safras e investimentos.
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