O humorista Marcelo Alves dos Santos, de 50 anos, confessou hoje à Polícia Civil que assassinou Raíssa Suellen, de 23 anos, desaparecida desde 2 de junho em Curitiba, e descartou o corpo, com ajuda do filho, em Araucária, cidade da região metropolitana da capital paranaense e levou os policiais até onde estava enterrada a jovem.
Segundo investigações, a vítima, natural da Bahia e residente na capital paranaense há três anos, havia informado à família que iria a Sorocaba para iniciar trabalho. Após não retornar os chamados telefônicos, os parentes registraram boletim de ocorrência por desaparecimento.
Marcelo compareceu a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa acompanhado por advogado e admitiu ter usado um golpe de kung fu para estrangular a jovem.
Ele relatou que tentou manifestar sentimentos amorosos e que os dois mantinham vínculo desde a infância, quando participou de projeto de kung fu na Bahia com Raíssa.
De acordo com a delegada responsável, Aline Manzatto, o humorista relatou que, após a declaração, a vítima reagiu com xingamentos — “nojento, mentiroso, feio” — o que teria desencadeado uma crise de fúria culminando no homicídio.
Em seguida, ele teria envolvido o próprio filho para transportar o corpo em um carro emprestado até Araucária, região metropolitana, e teria indicado o local onde a jovem foi ocultada. A polícia montou operação de busca e espera localizar nas próximas horas.
A investigação deve incluir perícia no cadáver, para tentar descobrir se existiram agressões ou violência sexual, além de avaliar a versão apresentada.
O filho do humorista agora deve responder por ocultação de cadáver e por ter dirigido veículo que transportou o corpo.
Por ter se apresentado espontaneamente e se mostrado arrependido, Marcelo permanecerá em liberdade.
A polícia avalia, no entanto, a necessidade de prisão temporária para garantir andamento do inquérito e evitar riscos processuais.
O advogado de defesa, Caio Percival, afirmou que a confissão ocorre em contexto de autodefesa emocional e emocional arrependimento.
Ele também sugeriu que o réu pode ter atenuante por reação ligada à rejeição sofrida.
A Polícia Civil esclareceu que as diligências serão intensificadas com apoio da Polícia Científica, com resgate da vítima e coleta de provas para embasar denúncia formal por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e, se confirmados indícios, violência sexual.
Conforme a delegada Aline Manzatto, ao Balanço Geral Curitiba, com o corpo encontrado, agora a DHPP consegue pedir a prisão em flagrante de Marcelo.
A delegada Aline Manzatto admitiu a um programa policial que o corpo a polícia consegue pedir a prisão em flagrante do autor; “como a gente tem a materialidade do crime, o que ele disse na delegacia se comprovou, então eu vou fazer o flagrante pela ocultação de cadáver, se trata de um crime permanente. E vou pedir a prisão preventiva dele, tendo em vista os fatos, a repercussão social do crime, por mais que ele tenha ido à delegacia, a repercussão permite esse tipo de conduta, até mesmo para garantir a integridade física do suspeito”.
O caso ganhou repercussão nacional por envolver pessoa com visibilidade pública, o que elevou a atenção sobre relatos de rejeição amorosa que evoluem para tragédias violentas.
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