Sete treinadores de futebol foram dispensados em menos de 72 horas por equipes das Séries B, C e D do Campeonato Brasileiro. A onda de mudanças reflete a pressão por resultados imediatos em um cenário onde 80% dos clubes nessas divisões estão abaixo da média de pontos esperada para suas metas.
O Athletic Club tornou-se o primeiro a anunciar saída, dispensando Roger Silva após dez jogos sem vitórias na segunda divisão. O treinador, responsável pelo acesso histórico em 2024, deixou o time mineiro na última posição. A diretoria já negocia com Marquinhos Santos, que possui experiência em cinco clubes da Série B nos últimos três anos.
Em Belém, o Paysandu rompeu com Luizinho Lopes após dez partidas sem triunfos. O time paraense apresenta o pior ataque da competição, com média de 0,5 gol por jogo e quer resolver a situação com Claudinei Oliveira, demitido hoje pelo Londrina.
Analistas apontam que 60% das equipes que permanecem nessa situação após a décima rodada acabam rebaixadas.
O América-MG optou por Enderson Moreira no lugar de William Batista. O novo comandante assume pela terceira vez o Coelho, que ocupa a 15ª posição. Dados históricos mostram que 40% dos times que trocam de técnico entre a 10ª e 15ª rodadas conseguem escapar do rebaixamento.
Na terceira divisão, o Itabaiana demitiu Roberto Cavalo, mesmo após ele ter conquistado acesso após duas décadas. O clube sergipano soma apenas sete pontos e está entre os quatro últimos colocados. Pesquisas indicam que clubes que permanecem nessa zona após oito rodadas têm 75% de chance de cair.
O Cianorte surpreendeu ao dispensar Renato Peixe mesmo estando no G4 da Série D. A decisão preventiva busca evitar repetição do ocorrido em 2023, quando o time paranaense perdeu competividade nas últimas cinco rodadas.