Saturday, May 31, 2025
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Tráfico no Parolin faz acerto de contas

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Um homem identificado apenas como Jonathan foi morto a tiros no bairro Parolin, um dos bairros mais violentos e perigosos de Curitiba.

Segundo a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o crime está diretamente relacionado à disputa pelo controle do tráfico de drogas na região.

A vítima, que usava tornozeleira eletrônica, possuía antecedentes criminais, embora vizinhos relatem que atualmente trabalhava com materiais recicláveis.

De acordo com informações da polícia, Jonathan estava em casa, na Travessa Sebastião Prosdócimo, quando um indivíduo se aproximou, pediu auxílio com um telefone celular e, no momento em que ele virou as costas, foi alvejado com pelo menos três disparos.

A delegada Magda Hofstaetter confirmou que a execução foi planejada e descartou qualquer possibilidade de troca de tiros no local.

A investigação aponta que o assassinato faz parte de uma escalada de violência causada por um grupo criminoso que tenta dominar pontos de venda de drogas no bairro, utilizando táticas de intimidação, expulsando moradores de suas residências e impondo o medo como estratégia.

Nos últimos dias, o Parolin tem registrado episódios constantes de violência, refletindo o aumento da tensão gerada pela guerra entre facções.

A Polícia Civil apura relatos de que criminosos instalaram câmeras de vigilância clandestinas, apelidadas informalmente de “BBB do Crime”, para monitorar moradores e antecipar movimentos das forças de segurança.

Na quarta-feira, agentes removeram parte desse sistema de monitoramento ilegal instalado pelos traficantes.

No início de maio, três suspeitos morreram em confronto com a Polícia Militar no mesmo bairro, episódio que também foi associado à disputa entre quadrilhas rivais.

Na ocasião, tiros atingiram inclusive uma funcionária do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PR), gerando ainda mais insegurança na comunidade.

A delegada reforçou que denúncias anônimas sobre os responsáveis por esses crimes podem ser feitas diretamente para a DHPP, através do número 0800-643-1121.

Ela destacou ainda que o cerco policial contra essas organizações tem sido intensificado, embora os moradores demonstrem receio em colaborar devido às ameaças constantes.

A Secretaria da Segurança Pública informou que operações conjuntas com a Polícia Militar, Guarda Municipal e Ministério Público devem ser ampliadas nas próximas semanas para conter a escalada de violência no Parolin.

As investigações seguem com análise de imagens, coleta de depoimentos e cruzamento de dados sobre a atuação das facções envolvidas.

Dados da própria DHPP mostram que o número de homicídios ligados ao tráfico cresceu 18% no bairro nos últimos quatro meses, acendendo alerta entre autoridades.

A Polícia Civil trabalha com a hipótese de que o grupo responsável pela morte de Jonathan seja o mesmo envolvido em outros episódios recentes de expulsão forçada de famílias e domínio territorial na região.

As forças de segurança alertam que a colaboração da população é fundamental para enfraquecer as ações criminosas e ressaltam que todas as informações recebidas são tratadas de forma sigilosa.

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