Dois filhos de um imigrante italiano, Marcelo e Tânia D’Ottavio, foram presos no Rio de Janeiro após policiais encontrarem os restos mortais do pai, em avançado estado de decomposição, escondidos debaixo da cama de um quarto da residência onde moravam.
Um vizinho amigo de Dario Antonio Raffaele D’Ottavio sentiu a falta dele e comunicou a polícia da Ilha do Governador.
Agentes da Delegacia de Homicídios foram até a casa e deram uma geral, localizaram os ossos em um quarto do quarto andar da residência, coberto por um tecido para conter o odor.
Investigadores estimam que o falecimento ocorreu há aproximadamente180 dias.
As motivações da morte serão apuradas pela investigação, com ajuda da Polícia Científica e médicos do IML.
Entre as teses investigativas estão possível apropriação de benefícios previdenciários e condição psicológica dos envolvidos.
Peritos examinarão objetos de valor encontrados no local para verificar a origem dos recursos utilizados na aquisição.
A perícia técnica deverá esclarecer se o óbito resultou de causas naturais ou de violência.
O Instituto Médico Legal coletou amostras para análise toxicológica e datação precisa do falecimento.
Vizinhos relataram que o idoso tinha hábitos regulares e foi visto pela última vez em novembro do ano passado.
Especialistas em direito sucessório destacam que casos similares já ocorreram em outras capitais, geralmente associados a pensões ou heranças.
O Código Penal prevê pena de um a três anos para ocultação de cadáver, podendo ser aumentada se comprovado dolo na morte.