O major Alexandro Marcolino Gomes, responsável pela 3ª Companhia Independente em Loanda, foi detido durante operação que apura esquema de extorsão no noroeste paranaense. Investigadores do Ministério Público do Paraná identificaram pagamentos ilegais envolvendo sete integrantes da corporação.
Batizada “Zero UM”, a ação cumpriu 20 mandados judiciais em cinco municípios. Além das prisões, foram determinados afastamentos de três servidores públicos.
Segundo documentos obtidos pela força-tarefa, o grupo atuava desde 2023 alterando transferências de policiais e arquivando processos disciplinares mediante pagamentos.
Gravações revelam que o oficial utilizava seu posto hierárquico para coagir subalternos. Um civil apareceu nas investigações como intermediário nos repasses financeiros.
Testemunhos indicam que valores variavam entre R$ 3 mil a15 mil, conforme o serviço solicitado.
A PM informou que colaborou com as diligências e abriu procedimento administrativo paralelo.
Dados da Corregedoria mostram que este é o terceiro caso do tipo registrado no estado em 2024.
Especialistas em segurança pública destacam que o episódio ocorre em meio à discussão sobre reformas nos mecanismos de controle interno das polícias.
Projeto em análise na Assembleia Legislativa do Paraná prevê criação de ouvidoria externa para receber denúncias.