O deputado Alexandre Curi (PSD) vai homenagear a agrônoma e professora Mariangela Hungria com um título de menção honrosa, depois de ser escolhida para o receber o World Food Prize (Prêmio Mundial de Alimentação), considerado Nobel da Agricultura.
A pesquisadora atua na Embrapa Soja e na Universidade Estadual de Londrina (UEL) e é uma referência mundial em microbiologia do solo e sustentabilidade agrícola.
“Um orgulho para o Paraná, para a ciência brasileira e um exemplo de excelência mundial. Que a sua carreira inspire novas gerações de cientistas e reforce o protagonismo do Brasil nas inovações no agro”, afirmou Curi ao cumprimentar Mariangela Hungria pelas redes sociais. Ele ressalta que o prêmio internacional homenageia pessoas que ajudaram a melhorar a qualidade, a quantidade ou a disponibilidade de alimentos em todo o mundo.
A fundação que concede o prêmio informou que as tecnologias e produtos de baixo custo que Mariangela Hungria desenvolveu aumentaram a produtividade das culturas de forma acessível e sustentável em dezenas de milhões de hectares. “Ao utilizar microrganismos simbióticos do solo como uma alternativa eficaz aos fertilizantes sintéticos, ela não apenas melhorou a absorção de nutrientes pelas plantas, mas também permitiu que os agricultores economizassem bilhões de dólares, mitigando os riscos ambientais associados à poluição e às emissões — produzindo mais com menos”.
De acordo com a Academia Brasileira de Ciências, Mariangela Hungria foi uma das primeiras defensoras da fixação biológica de nitrogênio, nutriente essencial para o crescimento das plantas.
Na avaliação da instituição, as tecnologias da pesquisadora foram usadas em mais de 40 milhões de hectares no Brasil, promovendo uma economia aos agricultores “de até US$ 25 bilhões por ano em custos de insumos e evitando mais de 230 milhões de toneladas de emissões equivalentes de CO2 por ano”.
Histórico
Mariangela Hungria possui graduação em Engenharia Agronômica (Esalq/USP), mestrado em Solos e Nutrição de Plantas (Esalq/USP), doutorado em Ciência do Solo (UFRRJ) e pós-doutorado em três universidades: Cornell University, University of California-Davis e Universidade de Sevilla. É pesquisadora da Embrapa desde 1982, inicialmente na Embrapa Agrobiologia (Seropédica, RJ) e, desde 1991, na Embrapa Soja (Londrina).
A cientista é comendadora da Ordem Nacional do Mérito Científico e membro titular da Academia Brasileira de Ciências, da Academia Brasileira de Ciência Agronômica e da Academia Mundial de Ciências. É professora e orientadora da pós-graduação em Microbiologia e em Biotecnologia na Universidade Estadual de Londrina. Mariangela atua também na Sociedade Brasileira de Ciência do Solo e na Sociedade Brasileira de Microbiologia.