O corpo de um bebê foi encontrado em uma lixeira ao lado do Colégio Cívico Militar do bairro Brasmadeira, na região norte de Foz do Iguaçu. Segundo informações da Polícia Civil, uma funcionária da escola localizou o recém-nascido ao despejar o lixo. O delegado responsável pelo caso, Moza, informou que até o momento não há denúncias formais registradas, embora relatos informais de moradores do bairro Floresta tenham chegado ao conhecimento da polícia. As autoridades estão em contato com a Secretaria de Saúde para obter mais informações e reforçam a importância de que as denúncias sejam feitas pelos canais oficiais para avançar nas investigações.
O corpo da criança foi encaminhado ao Serviço de Verificação de Óbito (SVO) do Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP), mas o laudo definitivo ainda não foi concluído. Exames complementares foram enviados a Curitiba para determinar a causa da morte e esclarecer se o caso se enquadra como aborto, infanticídio ou homicídio. O delegado explicou que o resultado será crucial para definir se o bebê chegou a respirar, o que altera a classificação legal do crime. A expectativa é que os exames fiquem prontos em um ou dois meses.
A investigação enfrenta dificuldades devido à falta de imagens das câmeras de segurança que possam identificar quem deixou a sacola no local. A câmera da portaria estava operando normalmente, mas a que poderia ter captado a área da lixeira estava direcionada para o estacionamento. O bebê, uma menina, pesava 2.380 gramas e media 46 centímetros, estando dentro de um saco de lixo junto com a placenta, indicando que o parto havia ocorrido recentemente.
Um detalhe que chamou a atenção foi a presença de uma roupa azul de bebê, nova, colocada sobre a sacola. O delegado destacou que essa pode ser uma pista relevante e pediu que a comunidade auxilie com informações sobre possíveis doações de roupas infantis azuis ou sobre mulheres que estavam grávidas e, repentinamente, não estão mais com a criança. A direção da escola e a funcionária que fez a descoberta já prestaram depoimentos à polícia.
Enquanto aguarda os resultados periciais, a Delegacia de Homicídios concentra esforços na identificação da autoria do crime, considerado essencial para a responsabilização legal. “Independentemente de ser aborto, infanticídio ou homicídio, nosso foco agora é descobrir quem é a mãe e o que realmente aconteceu com essa criança”, afirmou o delegado Moza. A polícia segue com as investigações e reforça o pedido para que qualquer informação relevante seja repassada oficialmente às autoridades.