Consumir muito óleo de cozinha pode aumentar as chances de câncer. Uma pesquisa mostrou que o ácido linoleico, um ácido graxo ômega-6 presente em óleos vegetais e de sementes, pode potencializar um subtipo agressivo de câncer de mama chamado triplo negativo (TNBC).
O TNBC, conhecido por seu crescimento e disseminação rápidos, tem opções de tratamento limitadas. É mais comum em mulheres com menos de 40 anos e representa de 10% a 15% de todos os casos de câncer de mama, com uma taxa de sobrevivência de 77%.
O ácido linoleico é considerado essencial para os mamíferos, desempenhando papéis importantes na regulação da inflamação, na saúde da pele e na estrutura das membranas celulares. No entanto, desde a década de 1950, as pessoas têm consumido esse tipo de gordura em excesso ao usar óleos de sementes em frituras e alimentos ultraprocessados.
O Dr. John Blenis, autor sênior do estudo e pesquisador de câncer, disse que “os resultados não justificam evitar completamente os óleos de sementes, mas sugerem moderação e seletividade, especialmente para pessoas de alto risco”.
O ácido linoleico está presente em óleos de canola, milho, algodão, soja, girassol, cártamo e arroz. Esses óleos são ricos em ácidos graxos ômega-6, mas têm menos ômega-3. Esse desequilíbrio pode causar inflamação no corpo. Por isso, a melhor forma de se manter saudável, segundo Blenis, é ter “uma dieta equilibrada e baseada em alimentos naturais”, pois isso é considerado “um pilar importante na prevenção do câncer” e “uma estratégia que todos podem adotar”.